EVOLUÇÃO NO TRATAMENTO DAS FRATURAS DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO-ORBITÁRIO: UMA REVISÃO DE TECNOLOGIAS E ABORDAGENS CLÍNICAS

Resumo

 O objetivo deste trabalho foi revisar as técnicas e os avanços recentes no tratamento das fraturas do complexo zigomáticoorbitário (CZO), abordando a precisão na redução anatômica, a eficácia dos novos materiais e as inovações nas abordagens cirúrgicas. O complexo zigomático-orbitário é uma estrutura facial crítica que, quando fraturada, pode impactar significativamente a estética e a funcionalidade facial. Para realizar esta revisão, foi conduzida uma busca abrangente nas plataformas de pesquisa BVS e PubMed, utilizando termos específicos relacionados ao tratamento de fraturas do CZO. Foram inicialmente identificados 28 artigos relevantes, dos quais 13 foram selecionados para uma análise detalhada. Os resultados revelam que a fixação interna com placas e parafusos de titânio continua sendo uma técnica amplamente utilizada devido à sua resistência e biocompatibilidade, oferecendo suporte estrutural adequado e facilitando uma recuperação funcional precoce. O uso de enxertos ósseos, incluindo enxertos autógenos, alógenos e sintéticos, é destacado como uma abordagem crucial para promover a regeneração óssea e restaurar a integridade do complexo facial. A revisão também enfatiza a importância dos novos materiais biocompatíveis, como polímeros bioabsorvíveis e cerâmicas, que contribuem para a estabilização das fraturas e a cicatrização eficaz, minimizando a necessidade de remoção de implantes. Além disso, a integração da tecnologia 3D no planejamento e na execução cirúrgica tem se mostrado um avanço significativo, permitindo uma visualização detalhada da anatomia do paciente e a simulação precisa dos procedimentos. Isso contribui para uma abordagem cirúrgica mais personalizada e eficiente, resultando em melhores resultados estéticos e funcionais. Apesar dos avanços, persistem desafios como o custo elevado das tecnologias, a necessidade de treinamento especializado e questões relacionadas à acessibilidade dos novos materiais e técnicas. A revisão conclui que, embora as inovações tecnológicas e materiais biocompatíveis tenham melhorado significativamente o tratamento das fraturas do CZO, é essencial continuar a pesquisa para validar as abordagens terapêuticas e desenvolver soluções que possam ser amplamente aplicadas. A abordagem personalizada e a integração contínua de tecnologias avançadas são fundamentais para otimizar os resultados clínicos e promover uma recuperação mais eficiente e satisfatória para os pacientes.