REABILITAÇÃO BUCOMAXILOFACIAL EM PACIENTES COM DEFICIÊNCIAS CONGÊNITAS OU ADQUIRIDAS
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N1-73RResumo
Introdução: Deformidades dento faciais, resultantes de perturbações na formação e desenvolvimento do complexo buco-maxilo-facial, podem surgir por causas adquiridas ou congênitas, afetando a mandíbula, maxila ou ambos, individualmente ou em conjunto com outros ossos da face. A história da humanidade testemunha a incessante busca pela restauração aloplástica da região bucomaxilofacial, refletindo uma constante preocupação com sua função e estética. Entre essas técnicas, as próteses maxilofaciais emergem como uma solução crucial, projetadas para substituir tecidos orofaciais perdidos e restaurar funções vitais, incluindo deglutição, mastigação, fala e a estética facial. Objetivo: Destacar as inovações em reabilitação bucomaxilofacial para pacientes com defeitos maxilofaciais, enfocando principalmente as próteses maxilofaciais e sua importância na restauração da função e estética facial. Materiais e Métodos: Para este estudo, foi realizada uma revisão de literatura utilizando bases de dados como PubMed, Scielo Brasil e Lilacs, abrangendo artigos publicados entre 2010 e 2023. Foram utilizadas palavras-chave como "reabilitação bucomaxilofacial", "doenças congênitas" e "doenças adquiridas", junto com suas traduções em inglês. Após exclusão de artigos anteriores a 2010, foram encontrados 484 artigos, dos quais 281 foram selecionados com base em sua recenticidade e relevância para a temática. Após criteriosa análise dos resumos, 23 artigos foram escolhidos para leitura completa e utilizados como referências neste trabalho. Resultados: A revisão de literatura com 23 estudos mostrou que as intervenções de reabilitação, como próteses faciais e bucais, resultaram em melhorias na função mastigatória, fala, deglutição e estética facial. Pacientes com carcinoma adenoide tratados com cirurgia e radioterapia também apresentaram benefícios significativos. Conclusão: A revisão destaca que as deficiências faciais, seja por origem congênita, traumática ou patológica, afetam significativamente a função e a autoestima. O tratamento requer uma abordagem multiprofissional, envolvendo cirurgiões bucomaxilofaciais, de cabeça e pescoço, e psicólogos. A reabilitação pode envolver próteses ou intervenções cirúrgicas, adaptadas às necessidades individuais do paciente, com ênfase na importância do início precoce do tratamento para melhores resultados funcionais e estéticos.