CEFALEIA RECORRENTE POR ABUSO DE ANALGÉSICOS E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N2-67RResumo
O estudo possui como objetivo identificar os efeitos da cefaleia recorrente por abuso de analgésicos e seus impactos na qualidade de vida. A presente pesquisa trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Para tal estudo, foi construída a seguinte pergunta norteadora: “Quais os efeitos da cefaleia recorrente por abuso de analgésicos e seus impactos na qualidade de vida.?”. Na elaboração da pergunta norteadora e na busca de evidências científicas utilizou-se a estratégia PICO, que possui o seguinte significado: P de paciente ou população; I de intervenção ou indicador; C de comparação ou controle e O de outcome que significa o desfecho clínico, resposta ou resultado sendo o que se espera encontrar nos estudos selecionados. Após a combinação dos descritores nas bases de dados e a aplicação rigorosa dos critérios de inclusão e exclusão, foram elegidos 12 artigos. A presente revisão integrativa mapeou a produção científica sobre os efeitos da cefaleia recorrente por abuso de analgésicos e seus impactos na qualidade de vida. Apesar da classificação atual das cefaleias, ainda não existe uma certeza absoluta sobre a relação causal entre o uso de determinadas substâncias e o desenvolvimento da dor de cabeça. Algumas substâncias têm o potencial de desencadear dores de cabeça em pacientes que já sofrem de cefaleias primárias, como enxaqueca, cefaleia do tipo tensional ou cefaleia em salvas, enquanto outras foram associadas a dores de cabeça mesmo em pessoas que geralmente não as têm. Agentes tóxicos, como o monóxido de carbono, apresentam dificuldades na investigação sistemática, enquanto outras substâncias, como o óxido nítrico, foram utilizadas especificamente para induzir experimentalmente a cefaleia. A cefaleia recorrente por abuso de analgésicos representa um problema de saúde pública de considerável relevância, dada a sua alta prevalência e os significativos impactos negativos na qualidade de vida dos pacientes. Este estudo destacou como o uso excessivo de analgésicos pode agravar a frequência e a intensidade das dores de cabeça, interferindo nas atividades diárias e profissionais, e contribuindo para o aumento do absenteísmo.