PERFIL DE INFECÇÕES EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS EM HEMODIÁLISE: ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

Resumo

Objetivo: Analisar a prevalência de infecções em pacientes renais crônicos em hemodiálise. Método: Foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva e transversal com 161 pacientes, utilizando dados de prontuários e exames laboratoriais do Centro de Hemodiálise do Hospital e Maternidade Divina Providência, em Russas, Ceará. Resultados: Mostraram uma taxa de infecção de 44,09%, majoritariamente entre homens, associadas principalmente ao uso de dispositivos de acesso vascular (76,05%), seguido por diabetes mellitus tipo 2 (12,67%) e COVID-19 (2,83%). As infecções virais, como Hepatite B e C, apresentaram baixa prevalência, indicando a eficácia das práticas preventivas adotadas. A maioria dos pacientes (63,35%) era do sexo masculino, com idade média de 54,39 anos, e a maior parte estava em tratamento dialítico por 2 a 10 anos. A análise dos marcadores sorológicos revelou 73,91% dos pacientes negativos para o antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBs-Ag) e 99,37% negativos para o anticorpo contra o vírus da Hepatite C (Anti-HCV). A vigilância rigorosa e as medidas preventivas, como a desinfecção de superfícies e a adesão aos protocolos de higiene das mãos, são essenciais para minimizar as infecções. Conclusão: Hà uma necessidade urgente de implementar medidas preventivas mais rigorosas para reduzir a incidência de infecções em pacientes em hemodiálise. Além disso, é crucial a continuidade da vigilância e o aprimoramento das estratégias de vacinação e prevenção, visando melhorar a qualidade de vida dos pacientes renais crônicos e reduzir as complicações associadas ao tratamento dialítico.