USO DA CANNABIS NO TRATAMENTO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N1-117RResumo
As plantas sempre foram utilizadas para o tratamento das doenças, sendo que tipo de tratamento é classificado como sendo fitoterápico, que é uma classe de medicamento com base nas plantas. A Cannabis sativa, por exemplo, é uma planta pertencente à família Moraceae, esta apresenta grande potencial terapêutico, apesar de suas substâncias psicotrópicas. Há séculos, esta planta vem sendo utilizada pela humanidade para diversos fins, tais como, rituais religiosos, alimentação e práticas medicinais. A escolha desta temática tem como motivação a observação de uma matéria transmitida por um jornal televisivo que veio a chamar a atenção sobre a importância do tratamento de autistas com o uso do Canabidiol, destacando as melhorias diante do uso desta substância em indivíduos com este diagnóstico. Deste modo, trata-se de um estudo descritivo no qual foi utilizada a metodologia do tipo qualitativa tendo como problemática: Quais são os efeitos farmacoterapêuticos derivados da Cannabis sativa podem ser utilizados no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA)? Assim, o objetivo geral do estudo primou por apresentar o potencial positivo do Canabidiol (princípio ativo da Cannabis sativa) no tratamento em indivíduos portadores do TEA e os específicos destacar os conceitos de Autismo, sua relação com o tratamento à base de Canabidiol, suas especificidades e as dificuldades, apresentar os benefícios do uso desta substância no tratamento do autismo e o que diz a lei sobre o exposto e apresentar a sua forma de atuação no organismo dos indivíduos e resultados de estudos neurobiológicos diante do uso desta substância em indivíduos autistas. Ao término deste, tem-se que quanto ao uso da cannabis no tratamento do TEA vários estudos recentes evidenciaram que o CBD tem a função de reduzir a agitação que se generaliza tendo um efeito terapêutico eficaz controlando as convulsões que são sintomas bastante recorrentes nas pessoas que possuem este distúrbio. Neste contexto, o CBD possui benefícios que quando utilizados de maneira terapêutica e em comparação com medicamentos industrializados reduzem os efeitos colaterais agindo diretamente nos neurotransmissores criando um equilíbrio no organismo, apaziguando o excesso de excitação neuronal nos autistas trazendo várias vantagens, no entanto, sua desvantagem é que, por enquanto há muita burocracia quanto ao seu uso e os valores dos tratamentos que ainda carecem ser importados, embora a ANVISA tenha liberado a sua produção e venda (com restrições) no país, os preços ainda estão além das condições de muitas famílias que não podem arcar com os gastos para adquirir os medicamentos à base do CBD, fato que complica o tratamento e desenvolvimento dos autistas.