DESENVOLVIMENTOS RECENTES NA NEUROBIOLOGIA DA ESQUIZOFRENIA
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N1-163RResumo
A esquizofrenia é um transtorno mental debilitante, afetando cerca de 1% da população mundial, caracterizado por sintomas positivos, negativos e disfunções cognitivas. Este estudo revisou os avanços na neurobiologia da esquizofrenia, destacando descobertas recentes relevantes para terapias e diagnósticos. Foram analisados artigos de revistas científicas, conferências, relatórios técnicos e capítulos de livros dos últimos dez anos, utilizando técnicas de análise temática e de conteúdo. Os resultados mostraram que estudos de neuroimagem revelaram anomalias volumétricas e estruturais no córtex pré-frontal e hipocampo, além de disfunções na substância branca. As disfunções neuroquímicas incluíram hiperatividade dopaminérgica e hipofunção dos receptores NMDA, com implicações nos sistemas glutamatérgico e GABAérgico, além do envolvimento do sistema imunológico. Avanços genéticos identificaram loci genéticos associados à esquizofrenia, enquanto a epigenética destacou a influência de fatores ambientais na expressão gênica. Estudos de conectividade neural mostraram disfunções nas redes de modo padrão (DMN) e de controle executivo (ECN). Biomarcadores emergentes, como citocinas inflamatórias e microRNAs, mostraram potencial para diagnóstico precoce e monitoramento da doença. Contudo, a heterogeneidade clínica e a replicabilidade dos achados são desafios. Estudos longitudinais e multicêntricos são necessários para validar os resultados. A integração de abordagens multi-ômicas e o uso de big data podem proporcionar uma compreensão mais holística da esquizofrenia e abrir novas possibilidades terapêuticas. Em conclusão, os avanços na neurobiologia da esquizofrenia destacam a complexidade da doença e a necessidade de abordagens multidisciplinares para desenvolver intervenções mais eficazes.