ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR HIV ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL, NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
DOI:
https://doi.org/10.36692/vmpq5g35Resumo
Resumo: As infecções sexualmente transmissíveis (IST), incluindo o HIV/AIDS, representam um desafio global de saúde pública, afetando principalmente jovens e causando impactos significativos na saúde reprodutiva e infantil. Apesar das campanhas de conscientização, fatores comportamentais e sociodemográficos continuam a aumentar a exposição a essas infecções, especialmente entre grupos vulneráveis. Este estudo visa analisar o perfil epidemiológico das internações por HIV em crianças e adolescentes no Brasil nos últimos cinco anos, identificando tendências temporais, padrões geográficos e características sociodemográficas específicas desse grupo, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes. Utilizou-se uma abordagem ecológica, descritiva, quantitativa e retrospectiva, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e revisão bibliográfica em bases científicas. Foram analisadas variáveis como idade, sexo, cor/raça, região de internação, caráter de atendimento e custo do serviço. Observou-se uma queda nas internações por HIV após 2019, atribuída à pandemia de COVID-19, que afetou a testagem e tratamento. As internações foram mais frequentes entre adolescentes de 15 a 19 anos, com distribuição equitativa entre sexos e predominância entre pardos. Os resultados destacam avanços no diagnóstico precoce e tratamento do HIV, sugerindo a eficácia de políticas de saúde pública focadas na redução de internações e melhor qualidade de vida para adolescentes vivendo com HIV/AIDS no Brasil. No entanto, há necessidade contínua de estudos e intervenções direcionadas para mitigar disparidades e melhorar o acesso aos cuidados de saúde nessa população vulnerável.