TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTES COM SÍNDROME DE BUDD-CHIARI: EXPERIÊNCIAS CLÍNICAS E RESULTADOS A LONGO PRAZO
DOI:
https://doi.org/10.36692/rxcw6m46Resumo
A Síndrome de Budd-Chiari (SBC) caracteriza-se pela obstrução do fluxo venoso hepático, associada a estados pró-trombóticos e doenças hematológicas, resultando em congestão hepática e insuficiência. O transplante hepático emergiu como intervenção crucial para casos avançados ou refratários aos tratamentos convencionais. Este estudo revisou a literatura para analisar as evidências clínicas e os resultados a longo prazo de pacientes com SBC submetidos a transplante hepático, identificando fatores prognósticos e abordagens terapêuticas influentes. A metodologia envolveu revisão de literatura, analisando artigos publicados nos últimos dez anos em bases de dados como PubMed, Scopus e Web of Science. Utilizaram-se técnicas de análise qualitativa, como análise temática e de conteúdo, para sintetizar informações sobre indicações, técnicas cirúrgicas e avanços tecnológicos no transplante hepático. Os resultados mostraram que o transplante hepático, embora não seja a primeira escolha terapêutica, oferece uma solução definitiva para pacientes com SBC avançada, com taxas de sobrevida variando entre 75% e 82% em cinco anos. A importância do manejo perioperatório otimizado e da seleção adequada de candidatos foi destacada, enquanto complicações pós-operatórias e comorbidades influenciam significativamente os resultados. A avaliação crítica identificou limitações nos estudos devido à heterogeneidade e seguimento limitado. Concluiu-se que o transplante hepático melhora significativamente a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes com SBC. Recomenda-se a indicação precoce do transplante para casos graves e o desenvolvimento de protocolos clínicos padronizados, ressaltando a necessidade de acesso equitativo ao transplante para todos os pacientes elegíveis, visando otimizar os desfechos clínicos e garantir a qualidade de vida dos pacientes.