ASPECTOS NEUROBIOLÓGICOS DO TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE: IMPLICAÇÕES PARA O TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N2-167RResumo
Objetivo: Evidenciar através da revisão da literatura disponível os aspectos do Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) e suas implicações para o tratamento. Metodologia: Para atingir o objetivo proposto foi realizada uma revisão da literatura, com buscas realizadas nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), PubMed e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores: “Neurobiologia, Neurobiology” AND “Transtorno de Personalidade Borderline, Borderline Personality Disorder”. Foram encontrados inicialmente 123 artigos na primeira amostra, estes foram submetidos aos critérios de exclusão e inclusão, totalizando 15 artigos na amostra final. Resultados: Os estudos sobre os aspectos neurobiológicos do TPB indicam uma complexa interação entre fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos. Evidências sugerem que experiências adversas na infância, combinadas com predisposições genéticas, influenciam o desenvolvimento cerebral através de hormônios e neuropeptídeos, resultando em traços de personalidade que podem predispor ao TPB. As disfunções do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e as alterações nos níveis de oxitocina são destacadas como fatores neuroendocrinológicos subjacentes ao transtorno. Estudos de neuroimagem revelam redução no volume de regiões cerebrais críticas para a regulação emocional, como o hipocampo e a amígdala, e a disfunção dos circuitos córtico-subcorticais durante o processamento afetivo. A comorbidade com outros transtornos psiquiátricos, como o transtorno de estresse pós-traumático, também influencia as anormalidades neurobiológicas observadas. Considerações finais: Essas descobertas sugerem que abordagens terapêuticas eficazes para o TPB devem integrar intervenções que considerem tanto os aspectos biológicos quanto psicossociais do transtorno.