GASTROPARESIA COMO COMPLICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS MAL CONTROLADO
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N1-169RResumo
Introdução: A gastroparesia é uma complicação do Diabetes Mellitus mal controlado, caracterizada pelo atraso no esvaziamento gástrico devido à disfunção nervosa que controla o estômago. A hiperglicemia crônica pode ocasionar na apoptose dos neurônios entéricos e à diminuição da motilidade gástrica, de modo a causar sintomas como náusea, vômito, dor abdominal, inchaço e saciedade precoce. Realiza-se o diagnóstico por meio da história clínica, exame físico, e exclusão de outras condições, com a cintilografia de esvaziamento gástrico sendo o padrão-ouro. O tratamento consiste em modificações na dieta, controle da glicemia, e medicamentos procinéticos, podendo ser necessárias intervenções cirúrgicas em casos graves. A prevenção envolve controle glicêmico e acompanhamento regular com profissionais de saúde, além de orientação sobre os sinais e sintomas da gastroparesia. Este trabalho possui como objetivo analisar o impacto da gastroparesia como complicação do DM mal controlado, de modo a ressaltar a importância do diagnóstico e prevenção da doença. Metodologia: Este trabalho consistiu-se em uma revisão de literatura com o objetivo de responder à pergunta: “De que maneira a gastroparesia, como complicação do Diabetes Mellitus mal controlado, pode ser diagnosticada e tratada de modo eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes?”. Utilizou-se as bases de dados SciELO, PubMed/Medline e Web of Science, com os descritores “gastroparesia”, “complicações do Diabetes Mellitus” e “sinais e sintomas da gastroparesia”. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis gratuitamente em inglês e português, excluindo-se os de acesso pago e os que não estavam relacionados ao tema. Resultados e Discussão: A gastroparesia é um distúrbio da motilidade gástrica caracterizado por sintomas como náuseas, vômitos, e sensação de plenitude pós-refeição, devido ao atraso no esvaziamento gástrico sem obstrução mecânica. As causas deste distúrbio incluem subtipos idiopáticos, diabéticos e pós-cirúrgicos, condições neuropáticas e miopáticas. Utiliza-se a cintilografia para diagnóstico, com alternativas como o teste respiratório com isótopo estável e a cápsula de motilidade sem fio. Modificações dietéticas são necessárias, e tratamento medicamentoso pode ser realizado com agentes procinéticos como metoclopramida e domperidona, e macrolídeos como eritromicina. Intervenções nutricionais e antieméticos também são utilizados. Abordagens alternativas e, em casos graves, gastrectomia, podem ser consideradas, embora com variação na eficácia e riscos associados. Considerações Finais: O manejo da gastroparesia consiste em uma abordagem multidisciplinar, com suporte nutricional, agentes procinéticos e antieméticos. Logo, necessita-se de adotar estratégias personalizadas de tratamento, considerando os mecanismos fisiopatológicos individuais da gastroparesia.