COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES TÉCNICAS DE HISTERECTOMIA NA ABORDAGEM DO CÂNCER CERVICAL EM ESTÁGIO INICIAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N2-166RResumo
O câncer cervical é um grande problema de saúde pública e representa uma das principais malignidades ginecológicas em todo o mundo, sendo o quarto câncer mais comum entre mulheres na sociedade, com uma estimativa de 14 mil novos casos e 4 mil óbitos relacionados ao câncer cervical nos Estados Unidos em 2022. O tipo de histerectomia indicada para a abordagem do câncer cervical varia conforme os fatores de risco prognósticos identificados no pré- operatório. O presente estudo de revisão buscou comparar as diferentes técnicas de histerectomia na abordagem do câncer cervical em estágio inicial, a partir de ensaios clínicos publicados na literatura médica atual. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados; artigos publicados nos últimos 05 anos (2019-2024); que possuíam texto completo disponível nos idiomas inglês, português ou espanhol e que abordassem acerca de técnicas de histerectomia na abordagem do câncer cervical em estágio inicial. Ficou constatado que a histerectomia simples apresenta um perfil comparável à histerectomia radical em termos de controle da doença. Além disso, os ensaios mostraram que a histerectomia radical laparoscópica oferece benefícios significativos em termos de menor tempo de hospitalização e menor perda de sangue quando comparada à cirurgia aberta. No entanto, apesar dessas vantagens de curto prazo, a cirurgia aberta demonstrou um tempo médio de sobrevida global e livre de doença superior à laparoscopia. Essas diferenças, embora não significativas, sugerem uma tendência que pode indicar resultados menos favoráveis para a laparoscopia a longo prazo.