CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICAS ACERCA DAS INFECÇÕES PARASITÁRIAS INTESTINAIS DOS RESIDENTES DE UMA COMUNIDADE RURAL DO ESTADO DO PIAUÍ
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N3-3Resumo
Infecções parasitárias intestinais (IPIs) constituem um desafio significativo para a saúde pública de países em desenvolvimento como o Brasil. Este estudo analisou os conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) de 146 residentes de uma comunidade rural no Piauí acerca das IPIs, e os fatores de risco relacionados. Ao utilizar métodos qualitativos (Análise de Conteúdo no ATLAS.ti.23) e quantitativos (SPSS Statistics), observou-se que a maioria dos respondentes tinha conhecimento inadequado sobre vermes e práticas preventivas. Dos respondentes, a maioria 73,3% eram do sexo feminino, e 87% responderam incorretamente sobre “O que acontece com os vermes depois que saem das pessoas?” 71,2% “O que são os vermes?” e 63,7% “Para onde vão os vermes depois que saem das pessoas?”. Apenas 11,7% adotavam medidas corretas de prevenção, 58,2% informaram ter hábito de andar descalço e 24% identificavam corretamente os sintomas. A escolaridade e sexo mostraram-se significativamente associadas ao nível de conhecimentos e práticas. A análise qualitativa consolida esses resultados, pois os códigos “Bactérias” e “Lombrigas” foram os mais frequentes para definir os vermes. O código “andar descalço” se destacou como indicador de conhecimentos sobre “como uma pessoa pega vermes". Os conhecimentos, atitudes e práticas da população relativos à prevenção e enfrentamento de IPIs é significativamente baixo. Os resultados do estudo evidenciam a necessidade de adotar práticas integradas e intersetoriais em promoção da saúde, especialmente voltadas para comunidades vulneráveis.