TERAPIAS VENTILATÓRIAS NÃO INVASIVAS EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA POR DIFERENTES INTERFACES

Autores

  • Bruno Memória Rodrigues Okubo Universidade Federal do Ceará
  • Heraldo Guedis Lobo Filho Universidade Federal do Ceará
  • José Glauco Lobo Filho Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.36692/V16N3-7R

Resumo

A cirurgia cardíaca é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em todo o mundo, sendo registrados em torno de 6 milhões de casos anualmente. Suas complicações pulmonares são frequentes, resultando em aumento do tempo de internação hospitalar, dos custos e da morbidade perioperatória. A interrupção completa da ventilação artificial invasiva deve ser feita assim que possível, evoluindo para extubação orotraqueal. Entretanto, sinais e sintomas de agravo do quadro respiratório podem aparecer, recomendando o emprego de VNI como forma terapêutica. Atualmente, a diversidade de interfaces para o uso de VNI, além de recursos, tais como, CNAF e a oferta de CPAP por capacetes, precisam de mais estudos em indivíduos submetidos a cirurgia cardíaca. Através da metodologia de revisão da literatura em bases de dados validadas, identificou-se os principais recursos utilizados para a terapia em questão, compreendendo seus potenciais e limitações. A escolha mais frequente da máscara facial e da máscara facial total foi evidente. A primeira, pelo baixo custo e tempo de uso em práticas clínicas com fortes evidencias. E a segunda, pela capacidade de gerar mais conforto e consequentemente maior adesão. A CNAF mostra-se eficiente em quadros de hipoxemia, que é uma das complicações mais frequentes desta cirurgia, podendo manter uma PEEP variável pelo fluxo. Quanto ao capacete, possui características únicas, proporcionando uma CPAP contínua através do fluxo elevado. Seu conforto é questionável e os resultados em pós-operatório são animadores. Conclui-se que, os efeitos conhecidos da pressão positiva elevam o grau de recomendação da terapia. A escolha criteriosa do recurso é vital, devendo-se considerar os efeitos fisiológicos e a capacidade de adaptação do paciente. Capacetes e CNAF podem ser indicados, porém, são escassos os estudos para este grupo.    

Biografia do Autor

  • Bruno Memória Rodrigues Okubo, Universidade Federal do Ceará

    Graduado pelo Centro Universitário Unichristus, Fisioterapeuta intensivista no Hospital Unimed (HU) com atuação em pacientes críticos. Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Federal do Ceará - UFC, com linha de pesquisa em farmacologia clínica em hematologia. Especialista em Saúde Pública, Fisioterapia Respiratória e Cardiovascular e Fisioterapia em terapia intensiva. Titulado pela Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR) como especialista na área de terapia intensiva em adultos. Doutorando em ciências cirúrgicas pela Universidade Federal do Ceará com linha de pesquisa voltada para inovações tecnológicas em cirurgias cardíacas. Prestador de serviço especializado em fisioterapia domiciliar em pacientes adultos com distúrbios cardíacos, pulmonares, neurológicos e ortopédicos.

  • Heraldo Guedis Lobo Filho, Universidade Federal do Ceará

    Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1998-2003). Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral de Fortaleza (2004-2006). Especialização em Cirurgia Cardiovascular (2006-2010), sob orientação do Professor Glauco Lobo. Membro Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Certificação de Área de Atuação em Estimulação Cardíaca Artificial. Titulo de Especialista em Medicina Intensiva. Mestrado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará. Doutorado em Cirurgia pela Universidade Federal do Ceará. Professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.; Coordenador da Disciplina de Emergências Médicas. Cirurgião Cardiovascular do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (Hospital de Messejana). Instrutor de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia.

  • José Glauco Lobo Filho, Universidade Federal do Ceará

    Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1975). Residência Médica em Cirurgia Geral - HC da UFC (1976 - 1977). Residência Médica em Cirurgia Cardiovascular - Hospital Broussais - Paris - França (1979 - 1980). Mestrado em Farmacologia e Fisiologia pela Universidade Federal do Ceará (1998), doutorado em Cirurgia Geral (área de Cirurgia Cardíaca) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Professor Associado de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal do Ceará. Chefe do Departamento de Cirurgia da UFC 2015-2019. Vice-Reitor da Universidade Federal do Ceará, agosto de 2019-atual. Coordenou a equipe, e realizou o primeiro e o segundo transplante cardíaco no Ceará em fevereiro e maio de 1993, respectivamente. Pioneiro no Norte e Nordeste do Brasil na aplicação e divulgação das técnicas de reconstrução da valva mitral (Plástica Mitral). Pioneiro no estado do Ceará na implantação e consolidação da cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea e sem manuseio da aorta.

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Publicado

2024-09-27

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

TERAPIAS VENTILATÓRIAS NÃO INVASIVAS EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA POR DIFERENTES INTERFACES. (2024). Revista CPAQV - Centro De Pesquisas Avançadas Em Qualidade De Vida , 16(3). https://doi.org/10.36692/V16N3-7R