EXERCÍCIO FÍSICO E SEUS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE DAS CRIANÇAS: UMA REVISÃO NARRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.36692/v13n1-7rPalavras-chave:
Atividade física. Obesidade. Sedentário.Resumo
O sobrepeso e o desenvolvimento motor pobre nas crianças e adolescentes, que podem ser constatados em diferentes regiões e classes sociais, decorrem sobretudo do estilo de vida sedentário. Por si, o sedentarismo é um fator de risco para as doenças crônicas e mortalidade, principalmente na vida adulta, e por isso deve ser combatido desde a infância. Urbanização, desenvolvimento industrial, meios de comunicação, aparelhos eletrônicos, falta de estímulo e de exemplo dos pais se constituem num ambiente favorável para prática insuficiente de atividades físicas por até 81% das crianças e adolescentes. Por outro lado, há grande número de possibilidades para prática de exercícios de intensidade moderada a vigorosa, que efetivamente possam proporcionar benefícios para os jovens. Quando a Educação Física escolar não é suficiente, seja por seu conteúdo ou limitação de número de aulas, as escolas de esportes, os exercícios de musculação nas academias, o treinamento funcional e o CrossFit estão entre as opções que podem motivar os jovens. Os esportes e modalidades de treinamento proporcionam o desenvolvimento de uma gama de capacidades físicas, o pleno desenvolvimento somático e de aspectos cognitivos e emocionais. Cabem aos pais dois importantes papéis neste início de caminhada dos filhos para o estilo de vida ativo. Em primeiro estimular e deixar de lado crenças e informações enganosas sobre riscos de algumas modalidades de treinamento; em segundo garantir que os filhos pratiquem a modalidade escolhida sob supervisão de um profissional de Educação Física, de forma a garantir a correção postural durante os exercícios, execução correta dos movimentos, o feedback para os aprendizes, a adequada densidade das sessões e o cumprimento dos princípios do treinamento físico para proporcionar os melhores benefícios.Referências
Gomersall SR, Ng N, Burton NW, Pavey TG, Gilson ND, Brown WJ. Estimating physical activity and sedentary behavior in a free-living context: a pragmatic comparison of consumer-based activity trackers and ActiGraph accelerometry. Journal of Medical Internet Research. 2016;18(9):1-12.
Carvalho AS, Abdalla PP, Júnior CRB. Atuação do profissional de educação física no sistema único de saúde: revisão sistemática. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. 2017;30(3):11.
Bedard C, Bremer E, Campbell W, Cairney J. Evaluation of a direct-instruction intervention to improve movement and preliteracy skills among young children: a within-subject repeated measures design. Frontiers in Pediatrics. 2018;5(1):1-9.
Kelishadi R, Qorbani M, Djalalinia S, Sheidaei A, Rezaei F, Arefirad T, et al. Physical inactivity and associated factors in Iranian children and adolescents: the weight disorders survey of the CASPIAN-IV study. Cardiovascular and Thoracic Research 2017;9(1):41-8.
Organization WH. Global recommendations on physical activity for health 5-17 years old
Available from: http://www.saude.br/index.php/articles/84-atividade-fisica/229-recomendacoes-da-oms-dos-niveis-de-atividade-fisica-para-todas-as-faixas-etarias.
Srivastav P, Broadbent S, K V, Nayak B, Bhat HV. Prevention of adolescent obesity: The global picture and an indian perspective. Diabetes & Metabolic Syndrome: Clinical Research & Reviews. 2020;14(1):1195-204.
Gómez-del-Río N, González-González CS, Toledo-Delgado PA, Muñoz-Cruz V, García-Peñalvo F. Health Promotion for Childhood Obesity: An Approach Based on Self-Tracking of Data. Sensors. 2020;20(1):2-28.
Lohman TG, Hingle M, Going SB. Body composition in children. Pediatric Exercise Science. 2013;25(4):573-90.
Carvalho AdS. Habilidades motoras fundamentais e nível de atividade física de crianças: um estudo com escolares do ensino fundamental [Tese de doutorado]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo - USP; 2019.
Pedersen BK. The diaseasome of physical inactivity – and the role of mykines in muscle-fat cross talk. The Journal of physiology. 2009;587(23):5559–68.
Adami F. Equivalência de mensuração e operacional da versão brasileira do Physical Activity Cheklist interview em crianças. Saúde Pública: Universidade de São Paulo; 2011.
Andaki ACR, Tinoco ALA, Júnior RA, Santos A, Brito CJ, Mendes EL. Nível de atividade física como preditor de fatores de risco cardiovasculares em crianças. Motriz. 2013;19(3):8-15.
Zeng N, Ayyub M, Sun H, Wen X, Xiang P, Gao Z. Effects of physical activity on motor skills and cognitive development in early childhood: a systematic review. BioMed Research International. 2017;1(1):1-13.
Ogden CL, Carroll MD, Fryar CD, Flegal KM. Prevalence of Obesity Among Adults and Youth: United States, 2011–2014. Centers for Disease Control and Prevention. 2015;1(219):2-8.
Carvalho AdS, Silva NGFd, Abdalla PP, Cunha LAd, Mantovani4 AM. BENEFÍCIOS DAS HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS NA SAÚDE DAS CRIANÇAS: UMA REVISÃO NARRATIVA. Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida. 2020;12(2):1-11.
Vigitel. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Brasileiros atingem maior índice de obesidade nos últimos treze anos. Brasilia2019 [cited 2020]. Available from: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45612-brasileiros-atingem-maior-indice-de-obesidade-nos-ultimos-treze-anos.
Jahn ÂB. O planejamento das aulas de Educação Física dos professores que atuam em uma escola pública de Santa Maria (RS). Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria; 2004.
Brasil. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF; 1998. 96 p.
Tedesco JC. Novo pacto educativo: educação, competitividade e cidadania na sociedade moderna. São Paulo: Ática; 1998.
Ribeiro GR, Dias CL, Carvalho AdS. Educação física na escola um meio para se educar. Colloquium Humanarum. 2014;11(Especial):865-71.
Mattos MGd, Neira MG. Educação Física infantil: construindo movimento na escola. São Paulo: Phorte; 2008.
Sember V, Jurak G, Kovač M, Morrison SA, Starc G. Children’s Physical Activity, Academic Performance, and Cognitive Functioning: A Systematic Review and Meta-Analysis. Frontiers in Public Health 2020;8(1):1-17.
Barroso ALR, Darido SC. Escola de educação física esporte: possibilidades pedagógicas. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança. 2006;1(4):101-14.
Rizzo DS, Ferreira AML. Desenvolvimento positivo dos jovens (DPJ) através do esporte: perspectivas em países da língua portuguesa. Conexões. 2024;12(3):106-20.
Azevêdo PH. O esporte como negócio: uma visão sobre a gestão do esporte nos dias atuais. Estudos Goiania. 2009;36(929-930).
Felfe C, Lechner M, Steinmayr A. Sports and Child Development. PLOS ONE. 2016;11(5):1-23.
Lloyd RS, Faigenbaum AD, Stone MH, Oliver JL, Jeffreys I, Moody JA, et al. Position statement on youth resistance training: the 2014 International Consensus. British Journal of Sports Medicine. 2014;48(7):1-12.
Lesinski M, Herz M, Schmelcher A, Granacher U. Efects of Resistance Training on Physical Fitness in Healthy Children and Adolescents: An Umbrella Review. Sports Medicine 2020;1(1):1-28.
Faigenbaum AD. State of the Art Reviews: Resistance Training for Children and Adolescents: Are There Health Outcomes? American Journal of Lifestyle Medicine. 2007;1(1).
Faigenbaum AD, Myer GD. Resistance training among young athletes: safety, efficacy and injury prevention effects. British Journal of Sports Medicine. 2009;44(1):56-63.
Vretaros A. Treinamento funcional nos esportes: algumas considerações metodológicas. In: UNIFESP UFdSP, editor. São Paulo2016. p. 1-24.
Boyle M. Avanços no treinamento funcional. Porto Alegre: ArtMed; 2015.
Cunha LAd, Ramos NC, Júnior JRG, Abdalla PP, Carvalho AdS. Functional Training in the Preparation of Athletes. Professional Association of Athlete Development Specialists (PAADS). 2018;1(1):1-18.
MONTEIRO AG, EVANGELISTA AL. Treinamento Funcional. Uma Abordagem Prática. São Paulo: Phorte; 2010.
Alon AG, Solberg G, Alon A, Solberg R, Interator O. Software Muscle & Motion 2020 [cited 2020 19 ago ]. Available from: https://www.muscleandmotion.com/.
Tokoph K. True Back Muscles | The Transversospinales and Segmental Groups YouTube: Catalyst University; 2020 [cited 2020 18 ago]. Available from: https://www.youtube.com/watch?v=NFLzjlU7l74.
Tibana RA, Almeida LMd, Prestes J. Crossfit® riscos ou benefícios? O que sabemos até o momento? Revista Brasileira Ciência e Movimento. 2015;23(1):182-5.
Sprey JWC, Ferreira T, Lima MVd, Júnior AD, Jorge PB, Santili C. An Epidemiological Profile of CrossFit Athletes in Brazil. The Orthopaedic Journal of Sports Medicine. 2015;4(8):1-8.
Dominski FH, Siqueira TC, Serafim TT, Andrade A. Perfil de lesões em praticantes de CrossFit: revisão sistemática. Fisioterapia e Pesquisa 2018;25(2):229-39.
Glassman G. Metabolic conditioning. CrossFit Journal. 2003;1(10):1-2.
Sigmundová D, Badura ESP, Hollein T. Parent-Child Physical Activity Association in Families with 4- to 16-Year-Old Children. International Journal of Environmental Research and Public Health 2020;17(4015):1-12.
Coto J, Pulgaron ER, Graziano PA, Bagner DM, Villa M, Malik JA, et al. Parents as Role Models: Associations Between Parent and Young Children’s Weight, Dietary Intake, and Physical Activity in a Minority Sample. Matern Child Health J. 2019;23(7):943–50.
Bassett-Gunter R, Rhodes R, Sweet S, Tristani L, Soltani Y. Parent Support for Children’s Physical Activity: A Qualitative Investigation of Barriers and Strategies. Research quarterly for exercise and sport. 2017;88(3):282-92.
OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.