RELAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA E SOFRIMENTO PSÍQUICO EM AGENTES PENITENCIÁRIOS NO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO-RONDÔNIA

Autores

  • Madson Belém Martins
  • Luís F. Silio
  • Bruno F. Antunez
  • Onezímo G. Silva
  • Mila A. M. Rodrigues
  • José Ricardo L. Oliveira
  • Heleise F. R. Oliveira
  • Adriano A. Pereira
  • Bráulio N. Lima
  • Carlos H. P. Fileni
  • Gustavo C. Martins
  • Leandro B. Camargo
  • Alexandre F. Carvalho
  • Ricardo P. Passos
  • Guanis B. Vilela Junior
  • Luis G. O. Gonçalves

DOI:

https://doi.org/10.36692/v13n1-11

Palavras-chave:

Atividade Física, Sofrimento Psíquico, Agente penitenciário.

Resumo

Os agentes penitenciários são profissionais que vivem em constante risco e para isso, recebem um adicional em seu salário, designado de periculosidade. Portanto, objetivou-se correlacionar a atividade física com o sofrimento psíquico. Desta forma, elencou-se a questão problema: Qual a correlação entre atividade física e sofrimento psíquico? A metodologia utilizada para esta pesquisa foi descritiva com análise quantiqualitativa. A amostra formou-se com 64 agentes penitenciários. Os instrumentos de medidas foram: o Questionário Internacional de Atividade Física, versão curta (IPAQ), utilizado para avaliar o nível de atividade física e para avaliar o sofrimento psíquico, foi utilizado o Self Report Questionnaire (SQR-20). O resultado dos questionários apontou que 25% dos agentes são sedentários, 25% estão no nível de irregularmente ativos, 30% ativos e 20% muito ativos. A prevalência em relação ao sofrimento psíquico foi de 25%. Na análise de correlação entre atividade física e sofrimento psíquico, o resultado produzido foi de P≤ 0,001 e rho= - 0,41, podendo afirmar que existe uma correlação significativa, entre essas duas variáveis. 

Referências

Velasco C, Caesar G. Brasil tem média de 7 presos por agente penitenciário; 19 estados descumprem limite recomendado: G1; 2018 [Available from: https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/brasil-tem-media-de-7-presos-por-agente-penitenciario-19-estados-descumprem-limite-recomendado.ghtml.

Ministério da Justiça B. Estudo sobre o monitoramento eletrônico de pessoas processadas ou condenadas criminalmente. Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 2010;12.

Rumin CR, Barros GIF, Cardozo WR, Cavalhero R, Atelli R. O sofrimento Psíquico no trabalho de vigilância em prisões. Psicologia: ciência e profissão. 2011;31(1):188-99.

Sacconi LA. Grande dicionário Sacconi da língua portuguesa: comentado, crítico e enciclopédico: o mais atualizado: Ed. Nova Geração; 2010.

Lipp MEN. Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo. 2000;76.

Tartaglini AJ, Safran DA. A topography of psychiatric disorders among correction officers. Journal of Occupational and environmental Medicine. 1997;39(6):569-73.

Dejours C, Abdoucheli E, Jayet C, Betiol MIS. Psicodinâmica do trabalho: contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho: Atlas São Paulo; 1994.

Júnior OG. Sofrimento psíquico e trabalho intelectual. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho. 2010;13(1):133-48.

Haskell WL, Lee I-M, Pate RR, Powell KE, Blair SN, Franklin BA, et al. Physical activity and public health: updated recommendation for adults from the American College of Sports Medicine and the American Heart Association. Circulation. 2007;116(9):1081.

Nahas MV. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiograf, 2001. Revista Baiana de Saúde Pública. 2009.

Correia AP. Uma análise dos fatores de risco da profissão do agente penitenciário: Contribuições para uma política de segurança e saúde na gestão penitenciária. Monografia) Recuperado de http://www depen pr gov br/arquivos/File/ADEMILDO_% 20PASSOS_CORREIA2006 pdf Dejours, C(1992) A loucura do trabalho: Estudo de psicopatologia do trabalho. 2006.

Fernandes RdCP, Silvany Neto AM, Sena GdM, Leal AdS, Carneiro CAP, Costa FPMd. Trabalho e cárcere: um estudo com agentes penitenciários da Região Metropolitana de Salvador, Brasil. Cadernos de Saúde Pública. 2002;18(3):807-16.

Vasconcelos AdS, Costa C, Barbosa LNF. Do transtorno de ansiedade ao câncer. Revista da SBPH. 2008;11(2):51-71.

Grisci CLl. Trabalho, tempo e subjetividade: impactos da reestruturação produtiva eo papel da psicologia nas organizações. Psicologia: Ciência e profissão. 1999;19:2-13.

Lima ERd. Facções criminais no Brasil: estudo comparativo entre os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. 2019.

Schneider MdO. A Lei n. º 13.769/2018 como instrumento para frear o estado de coisas inconstitucional do sistema carcerário brasileiro. 2020.

Lourenço LC. Batendo a tranca: impactos do encarceramento em agentes penitenciários da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Dilemas. 2010 3(10).

Martins RJ. Para além das prisões: estudo sobre o trabalho dos agentes de segurança penitenciária do Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis. 2020.

Selye H. Stress, a tensão da vida. Edição original publicada por McGraw–Hill Book Company. Inc; 1956.

Silva Td, Sune F. Nível de Estresse e Atividade Física em Agentes Penitenciários Administrativos da SUSEPE–10ª DPR. Pós-Graduação em Ciências da Saúde e do Esporte da FEFID/PUCRS. 2013.

Camelo SHH, Angerami ELS. Sintomas de estresse nos trabalhadores atuantes em cinco núcleos de saúde da família. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2004;12(1):14-21.

Pafaro RC. Estudo do stress do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de Campinas. Departamento de Enfermagem, Universidade Estadual de Campinas; 2002.

Goldberg P, David S, Landre MF, Goldberg M, Dassa S, Fuhrer R. Work conditions and mental health among prison staff in France. Scandinavian journal of work environment & health. 1996.

Paschoal T, Tamayo A. Impacto dos valores laborais e da interferência família: trabalho no estresse ocupacional. Psicologia: teoria e pesquisa. 2005;21(2).

Murta SG, Tróccoli BT. Avaliação de intervenção em estresse ocupacional. Psicologia: teoria e pesquisa. 2004;20(1).

Jesus Md, Jair, Williams P. A validity study of a psychiatric screening questionnaire (SRQ-20) in primary care in the city of Sao Paulo. The British Journal of Psychiatry. 1986;148(1).

Santos LM. Relação da prevalência de atividade física, sofrimento psíquico e estresse dos agentes penitenciários: um estudo de caso no município de porto velho-Rondônia. Fundação universidade federal de Rondônia; 2019.

Paredes DS. Nível de Atividade Física e Nível de Estresse de Policiais Militares do 16º BPM de Santa Catarina. Repositório Institucional da UFSC; 2012.

Pinto LW, Figueiredo AEB, Souza ERd. Sofrimento psíquico em policiais civis do Estado do Rio de Janeiro. Ciência & Saúde Coletiva. 2013;18.

Misis M, Kim B, Cheeseman K, Hogan NL, Lambert EG. The impact of correctional officer perceptions of inmates on job stress. Sage Open. 2013;3(2).

Hartley DJ, Davila MA, Marquart JW, Mullings JL. Fear is a disease: The impact of fear and exposure to infectious disease on correctional officer job stress and satisfaction. American Journal of Criminal Justice. 2013;39(2).

Owen SS. Occupational Stress Among Correctional Supervisors. The Prison Journal. 2006;86(2):164-81.

OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.

Downloads

Edição

Seção

Artigo Original