A PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO EM ADULTOS JOVENS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA MUCAJÁ

Autores

  • Eduardo Augusto Silva Monteiro
  • Leandro Lourenço Silva Monteiro
  • Kaique Furtado Pureza Oliveira
  • Thalita da Rocha Bastos
  • Tainah Lacerda Santos
  • Iris Do Socorro dos Santos Marinho
  • Gilvanildo de Oliveira Sampaio
  • Lessandra Barros Moraes Taveira
  • Ednei Lopes Teixeira Marialva
  • Brenno Lemos da Costa
  • Patricia Farias de Souza
  • Tereza Cristina dos Reis Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.36692/v13n1-36

Palavras-chave:

Hipertensão, Doenças Cardiovasculares, Perfil Epidemiológico, População, Doença Crônica.

Resumo

INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) causa diversas comorbidades cardiovasculares, que estão relacionadas com piores prognósticos e risco de morte aumentado. Foram implementados no Brasil programas como o HIPERDIA, que executam o rastreamento, acompanhamento e tratamento de pacientes com HAS e Diabetes Mellitus, a fim de reduzir seu impacto na saúde pública. Então, faz-se necessário conhecer o perfil dos pacientes registrados neste programa. OBJETIVOS: Identificar a prevalência de HAS nos adultos na ESF Mucajá, criando um perfil epidemiológico destes pacientes hipertensos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, no qual foi feita a coleta de dados como sexo, idade, IMC, tabagismo e alcoolismo de prontuários dos pacientes da ESF Mucajá que estivessem na faixa etária determinada (18-59 anos). Foram coletados dados de 150 prontuários, que posteriormente foram computados e analisados em softwares adequados. RESULTADOS: Foram detectados 145 pacientes registrados no HIPERDIA dentro da faixa etária analisada, destes 56% (82) possuíam HAS, destes, 70,7% eram mulheres (58). Na distribuição por idade, avaliou-se maior prevalência na faixa etária entre 50-59 anos com 53,7% (44). Com relação aos indicadores de risco, como alcoolismo, tabagismo e IMC > 25kg/m² foram detectadas respectivamente frequências de 20,7% (17) 13,4% (11), e 43,9% (36). CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes registrados no HIPERDIA possuíam HAS, que é mais prevalente conforme o envelhecimento dos pacientes. Com relação aos fatores de risco, foi detectado maior prevalência em pessoas com algum grau de obesidade e subnotificação com relação ao tabagismo e o alcoolismo, visto que 31% dos prontuários não possuíam estas informações preenchidas.

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OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.

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