ANÁLISE DA RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE NO ATENDIMENTO DE SURDOS NO BRASIL

Autores

  • Tereza Cristina dos Reis Ferreira
  • Thaisy Luane Gomes Pereira Braga
  • Eduardo Augusto Silva Monteiro
  • Rafael Lobato Machado
  • Maria Fernanda Lourenço
  • Danilo Souza Delgado
  • Joao Victor Pereira Assunção
  • Carla Miyuki Morita
  • Thalita da Rocha Bastos
  • Renata Cunha Silva
  • Kessya Alves da Costa

DOI:

https://doi.org/10.36692/v13n1-22r

Palavras-chave:

“Surdez”, “Deficiência Auditiva”, “Relação Médico-Paciente”, “Comunicação”.

Resumo

A comunicação é uma ferramenta fundamental na relação médico-paciente, contudo, há muitas barreiras nesse processo, principalmente ao discorrer a cerca dos atendimentos de pacientes surdos. Para o paciente surdo, a dificuldade de ser compreendido e compreender uma fala, pode ser um fator crucial para  uma relação médico-paciente adequada. Para o médico, essa situação pode ser desconfortável e apresentar, muitas vezes, um despreparo profissional. O objetivo foi realizar uma revisão de literatura sobre médico-paciente no atendimento de pacientes surdos, com uma abordagem ampla, analisando a visão do paciente e do médico, usando artigos dos últimos dez anos. Foi destacado que essa deficiência na relação médico-paciente afeta o tratamento do mesmo, o qual muitas vezes escolhe não buscar profissionais da saúde pela ideia negativa de experiências passadas. Quanto à percepção médica, foi constatado que A formação acadêmica nesse sentindo ainda é muito precária, não tendo uma preparação adequada desses profissionais. Sendo assim, uma adição na formação médica do país. Buscando melhor qualidade na relação médico-paciente surdo.

Referências

Junior ASM, Brzezinski I. A Teoria do Agir Comunicativo e a Formação Médica: análise crítica das competências curriculares e da relação médico-paciente. EccoS – Rev. Cient., São Paulo, n. 47, p. 441-456, set./dez. 2018.

Pagni PA, Martins VRO. Corpo e expressividade como marcas constitutivas da diferença ou do ethos surdo. Revista Educação Especial, v. 32, 2019.

Nerys F, et al. Dificuldades na consulta clínica e nutricional de surdos no Brasil: revisão de literatura. Rev. Pemo, Fortaleza, v. 1, n. 1, p. 1-15, 2019.

Brasil. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, pg. 28. Dez.2005.

Pereira AAC. et al. “Meu Sonho É Ser Compreendido”: Uma Análise da Interação Médico-Paciente Surdo durante Assistência à Sáude. Revista Brasileira de Educação Médica, Paraná, v. 44, n. 4, p. 1-9, jul./2020.

Moreno RSR, et al. Tecnologias assistivas na comunicação de pacientes com deficiência auditiva em serviços de saúde no Brasil. Braz. J. of Develop.,Curitiba, v.6, n.8,p. 58079-58101aug.2020.

Mendonça BSFD, Carvalho ISD, Gildete A. Análise do tratamento dado a surdos oralizados e sinalizados através do documentário travessias do silêncio. NUEDIS, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 1-2, jun./2017.

Reis VSL, Santos AM. Conhecimento e experiência de profissionais das Equipes de Saúde da Família no atendimento a pessoas surdas. Rev. CEFAC. 2019;21(1).

Araújo AMD. et al. A dificuldade no atendimento médico às pessoas surdas. Revista Interdisciplinar Ciências Médica, BRASIL, v. 3, n. 1, p. 3-9, dez./2019.

Nunes LLCSM, Pires AS, Bedor CNG. Cuidado humanizado à pessoa surda: perspectiva do profissional médico. REVASF, Petrolina-Pernambuco -Brasil, vol. 10, n.22, p.82 103, Out. 2020.

Britto FDR, Samperizd MMF. Dificuldades de comunicação e estratégias utilizadas pelos enfermeiros e sua equipe na assistência ao deficiente auditivo. Einstein, São Paulo, v. 8, n. 1, p. 80-85, fev./2010.

Capop AFPA, Leles WHO. As dificuldades de comunicação no processo de atendimento médico ao público surdo em unidades de pronto atendimento - UPA. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.1, p. 4016-4017 jan. 2021.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Censo demogr., Rio de Janeiro, p.1-215, 2010.

Ramos TS, Almeida MAPT. A Importância do ensino de Libras: Relevância para Profissionais de Saúde. Rev. Psic. V.10, N. 33. Janeiro/2017

Dias EAD, et al. Dificuldades de comunicação dos profissionais da atenção primária á saúde com o usuário surdo. Temas em Saúde, Edição Especial, João Pessoa, 2018.

Lopes RM. Comunicação do surdo Com profissionais de saúde na busca da integralidade. Revista Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 2, p. 213-221, maio/agosto 2017 – ISSN.

Silva NGP, Andrade EGS. Comunicação eficaz através da língua brasileira de sinais do profissional de enfermagem com os deficientes auditivos. Rev Inic Cient e Ext. 2018, Jul-Set;7(1):11-7.

Souza MFNS, et al. Main difficulties and obstacles faced by the deaf community in health access: an integrative literature review. Rev. CEFAC. 2017 Maio-Jun; 19(3):395-405.

Castro SS, Paiva KM, César CLG. Dificuldades na comunicação entre pessoas com deficiência auditiva e profissionais de saúde: uma questão de saúde pública. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2012; 17(2):128-134.

Barroso HCSM, Freitas DA, Watterich CB. A comunicação entre surdos e profissionais da saúde: uma revisão bibliográfica. Educação Profissional e Tecnológica em Revista, v. 4, n° 1, 2020.

Silva RNA., et al. Assistência ao Surdo na Atenção Primária: concepções de profissionais. J Manag Prim Heal Care. 2015; 6(2):189-204.

Pires HF, Almeida MAPT. A percepção do surdo sobre o atendimento nos serviços de saúde. Revista Enfermagem Contemporânea. 2016 Jan./Jun.;5(1):68-77.

Cunha RPS, Pereira MC, Oliveira MLC. Enfermagem e os cuidados com pacientes surdos no âmbito hospitalar. REVISA. 2019; 8(3): 367-77.

Santos AS, Portes AJF. Percepções de sujeitos surdos sobre a comunicação na Atenção Básica à Saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2019;27:e3127.

Castro SS, et al. Acessibilidade aos serviços de saúde por pessoas com deficiência. Rev Saude Publica 2011;45(1):99-105.

Neves AGA, et al. Inclusão do paciente surdo nos serviços de saúde no âmbito da atenção primária e suas interfaces com o cuidado de enfermagem. Ciências Biológicas e de Saúde Unit. Alagoas, v.6, n.2, p. 73-86, Outubro 2020.

Barros ALBL. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. Artmed, 3ª Edição, Porto Alegre, 2016.

Rocha BV, et al. Relação Médico-Paciente. Rev. Med. Res. 2011;13(2):114-118.

Rodrigues CH, Ferreira JGD. Tradutores, intérpretes e guias-intérpretes surdos: prática profissional e competência. INES, Revista Espaço, Rio de Janeiro, nº 51, jan-jun 2019.

Junior WAN, et al. Ensino de bioética nas faculdades de medicina no Brasil. Rev. bioét. (Impr.). 2016; 24 (1): 98-107.

Yonemotu BPR, Vieira CM. Diversidade e comunicação: percepções de surdos sobre atividade de educação em saúde realizada por estudantes de medicina. Rev Eletron Comun Inf Inov Saúde. 2020 abr.-jun.;14(2):401-14.

Magrini MM, Santos TMM. Comunicação entre funcionários de uma unidade de saúde e pacientes surdos: um problema? Distúrb Comun, São Paulo, 26(3): 550-558, setembro, 2014.

Conselho Federal de Medicina (CFM). Demografia Médica no Brasil. In: Conselho Federal de Medicina, 2018.

Gomes LF, et al. Conhecimento de Libras pelos Médicos do Distrito Federal e Atendimento ao Paciente Surdo. Revista Brasileira de Educação Médica, Brasil, v. 41, n. 4, p. 551-556, jun./2020.

OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.

Downloads

Edição

Seção

Artigo de Revisão