MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: UM OLHAR DEMOGRÁFICO

Autores

  • Tereza Cristina dos Reis Ferreira
  • Eduardo Augusto Silva Monteiro
  • Gabriel Augusto Picanço Frazão
  • João Pedro dos Reis da Costa
  • Tainah Lacerda Santos
  • Iris do Socorro dos Santos Marinho
  • Gilvanildo de Oliveira Sampaio
  • Lessandra Barros Moraes Taveira
  • Ednei Lopes Teixeira Marialva
  • Brenno Lemos da Costa

DOI:

https://doi.org/10.36692/v13n1-23r

Palavras-chave:

Medicina de Família e Comunidade, Atenção Primária à Saúde, Saúde da Família, Demografia, Especialização.

Resumo

O objetivo foi realizar um levantamento descritivo acerca do avanço e do retrato atual da Medicina da Família e da Comunidade no Brasil, analisando dados sociodemográficos e políticos. A Medicina da Família e Comunidade é uma especialidade da área médica que capacita o especialista a manejar os agravos de maior incidência no território nacional, coordenar equipes de estratégias em saúde da família e atuar na atenção básica, como gestor, coordenador e profissional médico. Nesse sentido, a disseminação dessa especialidade é crescente nos últimos anos, devido, sobretudo, à transição do modelo de atenção à saúde, de um modelo hospitalocêntrico, intervencionista a um modelo descentralizado, focado na qualidade de vida, bem-estar e prevenção de agravos dos usuários do sistema de saúde. A instauração do programa “Mais Médicos” pelo governo federal é de central importância à disseminação dessa especialidade e dos Núcleos de Atenção à Saúde da Família e Estratégias de Saúde da Família que, também, possuem crucial importância na formação acadêmica dos estudantes de medicina no Brasil, sendo cenários para atividades práticas e capacitação dos discentes à atuação na atenção primária. Assim, a Medicina da Família e Comunidade possui um papel central na saúde do país, consolidado pela formação crescente de profissionais aptos a atuarem como especialistas nessa área.

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OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.

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