PREVALÊNCIA DA PARALISIA FLÁCIDA AGUDA NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2009 E 2019

Autores

  • Lucas Barreto da Rocha Silva
  • Vitor Hugor Gurjão da Costa
  • Paula Luiza Matni dos Santos
  • Alexsander Lucas Gomes Soares
  • Ana Paula Ricardo Cavalcanti
  • Tainá Alves Teixeira
  • Tereza Cristina dos Reis Ferreira
  • George Alberto da Silva Dias

DOI:

https://doi.org/10.36692/v13n1-41

Palavras-chave:

Prevalência, Poliomielite, Síndrome Pós-Poliomielite.

Resumo

Introdução: A poliomielite, incluída também na categoria de paralisia flácida aguda, é uma doença viral causada pelo poliovírus que infecta crianças e adultos, na qual o indivíduo apresenta alterações neuromusculares. Como forma de erradicação, o Brasil, seguindo os passos das autoridades sanitárias globais, investe no Programa Nacional de Imunização (PNI). Objetivo: Identificar o perfil dos acometidos pela Paralisia Flácida Aguda no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, com abordagem quantitativa, realizado por meio do levantamento de dados secundários referentes à PFA, na base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Foram encontrados 5167 casos de Paralisia Flácida Aguda no Brasil entre o período de 2009 a 2019, sendo agrupados de acordo com gênero, idade, região, sequelas e etnia. Os maiores números analisados foram na região nordeste, sendo responsável por 1925 casos (37,2%), o sexo masculino representa 55% dos casos totais, na questão étnica, os pardos correspondem cerca de 50% e os curados sem sequela são 2702 (40%) em comparação com sequela e ignorados na investigação. Conclusão: A prevalência de Paralisia Flácida Aguda no Brasil cresceu no período de 2009 a 2019. As regiões sudeste, centro-oeste e nordeste obtiveram o maior aumento. Esta última destaca-se por possuir os maiores valores em casos, tanto em quesito curados com e sem sequela. No que se refere a faixa etária e etnia, apesar de dados significativos, possui divergência entre as regiões, não sendo possível determinar qual a mais prevalente. Além disso, observou-se uma alta prevalência entre os homens nas regiões, exceto no centro-oeste.  

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OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.

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