A NEGLIGÊNCIA NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM MULHERES QUE SE RELACIONAM COM MULHERES
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N1-34RResumo
Introdução: O Brasil é um dos líderes mundiais de violência contra minorias sexuais.A qual se estende ao desconhecimento sobre demandas e dificuldades de acesso aos serviços de saúde torna a mulher que se relaciona com mulher (MSM) - lésbicas, mulheres bissexuais, homens transsexuais e outros - invisíveis e contribui tanto para a vulnerabilidade, quanto dificulta o desenvolvimento de políticas públicas que contemple-as. Objetivos: Realizar uma revisão integrativa da literatura a respeito do reflexo de estigmas sociais na saúde frente a mulheres que se relacionam com mulheres na prevenção de IST’s Métodos: Os dados foram coletados mediante revisão da literatura utilizando como base artigos levantados que tratassem de pelo menos um assunto através do: Google Acadêmico, PUBMed e LILACS. Para realização desta revisão bibliográfica foram coletados dados de um total de 15 artigos científicos, 2 livros e 1 site. Como critérios de inclusão foram estabelecidos artigos originais e de revisão que mencionaram o tema e publicados utilizando os descritores: ATENÇÃO BÁSICA; HOMOSSEXUALIDADE FEMININA; IST; MINORIA SEXUAL, nos respectivos idiomas: Língua Portuguesa, Inglesa e Espanhola. Como critério de exclusão foi estabelecido artigos repetitivos nas bases de dados, que não estavam na delimitação temática, adotando-se a temporariedade de 2018 a 2023. Resultados: Os dados coletados apontam como principais causas dessa população não procurar serviços de saúde: a discriminação no atendimento; o despreparo dos profissionais para lidar com as especificidades desse grupo; a negação do risco para doenças ginecológicas, deixando-as vulneraveis as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Pesquisas indicam que a maioria desta população tem conhecimento sobre a possibilidade de contágio por IST’s ou já contraíram, mas, quando, utilizam métodos de prevenção, esses foram adaptados para tais situações, desde camisinhas com o corte do anel, até o uso de plastico filme para a pratica de sexo oral, no entanto, muitas os consideram desconfortáveis, então preferem se submeter ao risco. Conclusão: Diante desses resultados, conclui-se que o preconceito afeta ambos os lados da relação médico-paciente. O médico que tem o conhecimento dos riscos ligados aos hábitos sexuais de seus pacientes com vulvas, que deve atender sem julgamentos, esclarecendo a paciente da existência dos métodos adequados de prevenção de IST ‘s com o intuito de que mulheres que amam mulheres, a fim de se protegerem sem ou apesar do desconforto.