GERENCIAMENTO DA PROPEDÊUTICA FARMACOLÓGICA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE FRENTE À COMPLEXIDADE DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N1-38RResumo
Objetivo: descrever o tratamento farmacológico do transtorno do espectro autista recomendado pela agência nacional reguladora em interface com a atenção primária à saúde. Métodos: conduziu-se um estudo de revisão integrativa da literatura. Foram analisados artigos recuperados por meio das bases de dados secundários Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) e Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) a partir dos descritores autismo; transtorno do espectro autista e atenção primária à saúde. Considerou-se estudos publicados em português, inglês ou espanhol e que tratavam diretamente da temática objeto de estudo. Resultados: a assistência ao paciente com diagnóstico de transtorno do espectro autista inclui intervenções educacionais, psicossociais e farmacológicas. No cenário brasileiro, somente a risperidona e a periciazinha são indicadas em bula para os sintomas-alvo e recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. No entanto, diversos fármacos tem sido usados frequentemente na assistência clínica, objetivando de controlar sintomas como agressividade, agitação, impulsividade, dentre outros. Conclusão: ainda não há medicamentos específicos para o transtorno do espectro autista, no entanto, há o registro da prática off label com frequência, nesse sentido, são essenciais ensaios clínicos randomizados para evolução da atenção farmacológica ao paciente com transtorno do espectro autista, na atenção primária, o cuidado inicia-se no acolhimento com escuta qualificada por profissionais capacitados, além de oferecimento de medicamentos de forma oportuna e acompanhamento dos desfechos clínicos e efeitos adversos do tratamento instituído.