EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA EM PACIENTES COM TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N2-147RResumo
A estimulação magnética transcraniana (EMT) é caracterizada por uma estimulação não invasiva do tecido cerebral por meio da produção de um campo magnético de alta ou baixa intensidade, o qual pode promover a modulação da excitabilidade cortical. Tal modalidade tem sido estudada como uma abordagem terapêutica potencial para diversos transtornos psiquiátricos e neurológicos, incluindo o transtorno depressivo maior (TDM). O presente estudo de revisão buscou avaliar os efeitos da estimulação magnética transcraniana em pacientes com transtorno depressivo maior, a partir de ensaios clínicos randomizados publicados na literatura médica atual. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados; artigos publicados no último ano (2023-2024); que possuíam texto completo disponível nos idiomas inglês, português ou espanhol e que abordassem acerca do uso da estimulação magnética transcraniana em pacientes com transtorno depressivo maior. Ficou constatado que a combinação da estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr) com escitalopram e estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) apresenta benefícios significativos no tratamento do transtorno depressivo maior (TDM) e disfunção cognitiva associada. A aplicação de EMTr, em conjunto com o tratamento medicamentoso, resultou em uma redução mais acentuada dos sintomas depressivos e um aumento nos níveis séricos de BDNF, sugerindo melhorias na função cognitiva. Além disso, a terapia combinada (EMTr + ETCC) mostrou eficácia superior, com melhora significativa na pontuação total do RBANS e na memória imediata, além de uma maior redução dos sintomas depressivos em comparação com outras intervenções.