AVALIAÇÃO DE ESQUEMAS DE ANTIBIOTICOTERAPIA PARA O MANEJO DA DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) A PARTIR DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N2-182RResumo
A doença inflamatória pélvica (DIP) é caracterizada por uma inflamação do trato genital superior em decorrência de uma infecção que afeta, em especial, mulheres de 15 a 29 anos de idade, pacientes com histórico de múltiplos parceiros sexuais e histórico de infecções sexualmente transmissíveis. O presente estudo de revisão buscou avaliar diferentes esquemas de antibioticoterapia no manejo da doença inflamatória pélvica (DIP), a partir de ensaios clínicos randomizados publicados na literatura médica atual. Trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa realizada por meio da base de dados PubMed, que levou em consideração os seguintes critérios de inclusão: ensaios clínicos randomizados; artigos publicados nos últimos 05 anos (2019-2024); que possuíam texto completo disponível nos idiomas inglês, português ou espanhol e que abordassem acerca de esquemas de antibioticoterapia para o manejo da doença inflamatória pélvica. Ficou constatado que o esquema padrão, que inclui ofloxacino e metronidazol, alcançou uma taxa de cura clínica de 67,3%, superior à de 56,7% observada com a azitromicina. Ambos os tratamentos apresentaram taxas similares de efeitos adversos, sendo as náuseas o sintoma mais frequente. A terapia com azitromicina demonstrou-se inferior em relação ao tratamento padrão, mas pode ser considerada uma alternativa dependendo da taxa de resistência antimicrobiana individual. Já a inclusão de metronidazol no esquema de tratamento mostrou benefícios adicionais, com menor recuperação de organismos anaeróbicos e uma menor prevalência de M. genitalium na cultura cervical. Além disso, o metronidazol contribuiu para uma redução significativa na sensibilidade pélvica.