CÂNCER GINECOLÓGICO E CUIDADOS PALIATIVOS: ESTRATÉGIAS INTEGRADAS PARA O ALÍVIO DO SOFRIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.36692/V16N3-24RResumo
O câncer ginecológico é uma condição complexa que envolve diferentes tipos de tumores que afetam os órgãos reprodutivos femininos, como ovários, endométrio, colo do útero, vulva e vagina. O manejo dessa doença, especialmente em estágios avançados, representa um grande desafio para a medicina, uma vez que os tratamentos convencionais focados na cura muitas vezes negligenciam o alívio dos sintomas físicos e o suporte emocional necessário para as pacientes. Neste contexto, os cuidados paliativos surgem como uma alternativa fundamental, oferecendo uma abordagem que visa não apenas o controle dos sintomas físicos, como dor e fadiga, mas também o suporte emocional, social e espiritual, aspectos essenciais para melhorar a qualidade de vida das pacientes. Este estudo teve como objetivo analisar a eficácia da integração precoce dos cuidados paliativos no tratamento de pacientes com câncer ginecológico, com base em uma revisão narrativa da literatura. Os resultados indicaram que a introdução antecipada dessas intervenções proporciona uma melhoria significativa no bem-estar geral das pacientes, além de reduzir a necessidade de internações e intervenções médicas invasivas em estágios avançados da doença. Foi observado também que o envolvimento de equipes multiprofissionais e o apoio ativo da família contribuem para um tratamento mais completo e humanizado, favorecendo o enfrentamento da doença de maneira mais digna e menos dolorosa. No entanto, barreiras culturais e institucionais ainda dificultam a plena adoção dos cuidados paliativos, sendo necessário promover uma maior conscientização sobre a importância dessas práticas desde os primeiros estágios da doença. Em conclusão, este estudo reforça que os cuidados paliativos, quando integrados de maneira precoce ao tratamento do câncer ginecológico, proporcionam não apenas o alívio do sofrimento físico e emocional, mas também uma experiência de tratamento mais digna e centrada nas necessidades das pacientes.