MÉTODO CINEMÁTICO PARA AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE: ESTUDO COMPARATIVO COM O BANCO DE WELLS ENTRE CRIANÇAS ESCOLARES E PARTICIPANTES DE INICIAÇÃO ESPORTIVA
DOI:
https://doi.org/10.36692/58Resumo
Objetivos: avaliar a flexibilidade de dois grupos de crianças através de dois protocolos: 1) análise cinemática para determinação dos ângulos do quadril e da cintura escapular, em crianças que participam de um programa de iniciação esportiva (grupo experimental) e crianças que fazem apenas a educação física escolar (grupo controle). 2) O banco de Wells também para ambos os grupos. Métodos: análise cinemática bidimensional através da filmagem da realização da tarefa no banco de Wells e posterior digitalização dos pontos articulares para determinação dos ângulos. A amostra foi constituída por 46 crianças de 9 a 12 anos de idade, do gênero masculino, com idade média de 10,41 (± 1,08) anos, sendo 25 voluntários da Rede Estadual de Ensino, que participavam das aulas de educação física, e 21 alunos da escolinha de Basquetebol. Resultados: no banco de Wells foram 0,23m (± 0,06) para os participantes do programa de iniciação esportiva e 0,26m (± 0,06) para os alunos da escola. Este protocolo de avaliação pode trazer dados equivocados, pois a rigidez da coluna pode estar sendo compensada por uma ampla mobilidade da cintura escapular, ficando claro que métodos mais modernos de análise, como a cinemática, podem fornecer resultados mais confiáveis. As correlações entre o ângulo da cintura escapular e o Wells apresentaram correlações significantes (0,84 para o grupo da escola e 0,70 para o grupo da iniciação esportiva). As correlações entre o ângulo do quadril e o Wells também apresentaram significância em P< 0,01, em ambos os grupos, sendo de -0,86 para o grupo da escola e -0,76 para o grupo da iniciação esportiva. Tais resultados atestam a complexidade da medida da flexibilidade, uma vez que vários aspectos e parâmetros podem interferir nesta medida.
Palavras chave: flexibilidade; análise cinemática; crianças.