PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE DA UNIDADE DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM DERMATOLOGIA SANITÁRIA DR. MARCELO CÂNDIA

Autores

  • Tereza Cristina dos Reis Ferreira Universidade do Estado do Pará
  • Luane Vanzeler Monteiro
  • Ana Paula Mendes Kós Santos
  • Késsya Alves da Costa
  • Lorena Silva Torres
  • Lee bezerra Falcão

DOI:

https://doi.org/10.36692/v12n3-7

Palavras-chave:

, hanseníase, epidemiologia, neurite

Resumo

Estudo retrospectivo de corte observacional com variáveis de caráter quantitativo, realizado a partir da coleta de fichas de notificação de pacientes portadores de hanseníase da Unidade de Referência Especializada em Dermatologia Sanitária Dr. Marcello Cândia no período de 2002 a 2011, com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico da hanseníase no grupo de pacientes estudados. As variáveis estudadas constam da ficha de notificação e controle da hanseníase. Observou-se predominância de casos no sexo masculino (62,3%); Em relação a faixa etária foi de 15 a 59 anos (68,3%); quanto à raça 77,7% são pardos. Com relação a escolaridade de 4 a 7 anos apresentou 30%. Marituba representa 26,5% dos prontuários investigados, sendo que a procedência urbana representou 89,7% dos casos. Quanto ao número de lesões cutâneas 41,8% apresentou mais de 5 lesões. A maioria apresentou ausência de troncos acometidos (39,3%) e 64,2% não apresentavam nenhum tipo de incapacidade. A forma clínica com maior prevalência foi a multibacilar (76,1%), com predominância da forma clínica dimorfa (53,0%); além disso 74,5% iniciaram com 12 doses de poliquimioterapia (sob a forma multibacilar), seguida de 23,1% com 6 doses. Referente ao modo de entrada, verificou-se a prevalência de casos novos (76,6%) e 63,2% dos pacientes mantinham contato com uma a quatro pessoas. Dos pacientes notificados, 34,5% apresentaram baciloscopia negativa. Não houve crescimento homogêneo em novos casos notificados no período de 2002 a 2011,ocorrendo períodos de crescimento e decréscimo com alternância entre os anos.

Biografia do Autor

  • Tereza Cristina dos Reis Ferreira, Universidade do Estado do Pará
    DCMH

Referências

Basso Maria Eduarda de Macêdo, Da silva Rodrigo Luís Ferreira. ARTIGO ORIGINAL. Rev Soc Bras Clin Med. 2017 jan-mar;15(1):27-32Perfil clínico-epidemiológico de pacientes acometidos pela hanseníase atendidos em uma unidade de referência. ARTIGO ORIGINAL. Rev Soc Bras Clin Med. 2017 jan-mar;15(1):27-32. 2051;

Batista ES, Campos RX, Queiroz RCG, et al. Perfil sócio-demográfico e clínico-epidemiológico dos pacientes diagnosticados com hanseníase em Campos dos Goytacazes, RJ. Rev Bras Clin Med. São Paulo. 2011 mar-abr; 9(2):101-6.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.12ª Expoepi : mostra nacional de experiências bem-sucedidas em epidemiologia, prevenção e controle de doenças : anais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico Especial. Hanseníase| 2020. Número Especial | jan. 2020. [página na Internet]. Disponível em: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/May/22/boletim-hanseniase-2020-web.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento deAtenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sus. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/hanseniase/cnv/hanswuf.def>. Acesso em: 05 jul. 2020

Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Hanseníase: situação epidemiológica. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1466.

Cunha, Maria Heliana Chaves Monteiro da; Macedo, Geraldo Mariano Moraes de; Batista, Keila de Nazaré Madureira; Xavier, Marilia Brasil; Sá Neto, Simone de; Nascimento, Francisca Souza do Nascimento e. Avaliação clínico-epidemiológica em pacientes multibacilares em uma unidade de referência de hansenologia da amazônia. Hansen. int ; 33(2): 9-16, 2008. tab, graf | ID: lil-789333

Cury Maria Rita de Cassia Oliveira, Paschoal Vania Del´Arco, Nardi Susilene Maria Tonelli, Chierotti Ana Patrícia, Rodrigues Júnior Antonio Luiz, Chiaravalloti-Neto Francisco. Spatial analysis of leprosy incidence and associated socioeconomic factors. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2012 Feb [cited 2020 July 06] ; 46( 1 ): 110-118. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000100014&lng=en. Epub Dec 20, 2011. https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000086.

Gomes Fernanda Guzzo, Frade Marco Andrey Cipriani, Foss Norma Tiraboshi. Úlceras cutâneas na hanseníase: perfil clínico-epidemiológico dos pacientes. An. Bras. Dermatol. [Internet]. 2007 Oct [cited 2020 July 06] ; 82( 5 ): 433-437. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962007000500006&lng=en. https://doi.org/10.1590/S0365-05962007000500006.

Gonçalves Soraya Diniz, Sampaio Rosana Ferreira, Antunes Carlos Maurício de Figueiredo. Fatores preditivos de incapacidades em pacientes com hanseníase. Rev. Saúde Pública [Internet]. 2009 Apr [cited 2020 July 06] ; 43( 2 ): 267-274. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102009000200007&lng=en. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000200007.

Jornal da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ano IX, número 1 [Internet]. 2005 jan/fev. [citado 2020 jul 03]. Disponível em: www.sbd.org.br/down/Pdf/Jornal/jornal_09_01.pdf.

Lana FCF, Lanza FM, Meléndez GV-, Branco AC, Teixeira S, Malaquias LCC, et al. Distribuição da hanseníase segundo sexo no Município de Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. Hansen. Int. 2003;28(2):131-137

Melão S B, LFO, Mounzer N, Veronezi CCD SP. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase no extremo sul de Santa Catarina, no período de 2001 a 2007. Rev Soc Bras Med Trop [Internet]. 2011;44(79–84). Available from: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v44n1/18.pdf.

Mello RS, Popoaski MCP, Nunes DH. Perfil dos pacientes portadores de Hanseníase na Região Sul do Estado de Santa Catarina no período de 01 de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2003. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2006; 35(1):29-36.

OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE). Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Weekly Epidemiological Record, Genebra, n. 94, p. 389-412, 30 ago. 2019. Disponível em: https://apps.who. int/iris/bitstream/handle/10665/326775/WER9435-36-en-fr.pdf?ua=1. Acesso em: 9 out. 2019.

Palú Flávia Hoffmann, Cetolin Sirlei Favero. PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HANSENÍASE NO EXTREMO OESTE CATARINENSE, 2004 A 2014. Arq. Catarin Med. 2015 abr-jun; 44(2): 90-98 90. Arq. Catarin Med [Internet]. 2015 [cited 2020 Jul 5]; DOI ISNN (online) 1806-4280. Available from: file:///C:/Users/luane/AppData/Local/Temp/29-53-1-SM.pdf.

Pinto Renata dos Anjos, Maia Helena Fraga, Silva Marcos Antônio Falcão, Marback Mariana. PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES NOTIFICADOS COM HANSENÍASE EM UM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM SALVADOR, BAHIA. Rev B.S.Publica Miolo. V 34 _ n 4.indd 906. 2010;:906-918.

Ribeiro MDA, Silva JCA, Oliveira SB. Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: reflexão sobre as metas de eliminação. Rev Panam Salud Publica. 2018;42:e42. https://doi.org/10.26633/RPSP.2018.42.

Downloads

Publicado

2020-07-16

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES PORTADORES DE HANSENÍASE DA UNIDADE DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA EM DERMATOLOGIA SANITÁRIA DR. MARCELO CÂNDIA. (2020). Revista CPAQV - Centro De Pesquisas Avançadas Em Qualidade De Vida , 12(3). https://doi.org/10.36692/v12n3-7

Artigos Semelhantes

21-30 de 40

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.